Fatores de risco cardiovascular, doenças isquêmicas do coração e masculinidade

Fernanda Carneiro Mussi, Jules Ramon Brito Teixeira

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Resumen

Introdução: estereótipos de gênero traduzem concepções e ações masculinas sobre adoecimento e autocuidado, implicando em indicadores de saúde. Objetivos: estimar a prevalência de fatores de risco cardiovascular e doenças isquêmicas do coração em homens; discutir a relação entre masculinidade e a exposição a fatores de risco cardiovascular e a essas doenças. Métodos: estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo, realizado por meio de dados secundários, oriundos do Vigitel e DATASUS, para homens adultos, no Brasil, no período de 2010-2014. Resultados: os homens, comparados às mulheres, apresentaram maior prevalência para tabagismo (22,5%), sobrepeso (56,5%), consumo abusivo de bebidas alcoólicas (23,4%), inatividade física (16,2%) e maior tempo de televisão (25,8%). Foram vítimas de maior mortalidade por Angina Pectoris (51,4%), Infarto Agudo do Miocárdio (58,9%) e Doença Isquêmica Crônica do Coração (55,8%), com tendência crescente, nos últimos cinco anos. Comportamentos masculinos expressam resistência ao cuidado à saúde e estão associados a fatores socioculturais e institucionais que, em conjunto ou individualmente, potencializam a exposição às situações de risco e a dificuldade de reconhecerem suas necessidades e procurarem os serviços de saúde. Conclusão: homens estão mais expostos a fatores de risco e a mortalidade por doença cardiovascular e as construções sociais de gênero são determinantes do processo saúde/doença.

Palabras clave

homens; fatores de risco; doenças cardiovasculares; gênero; masculinidade.

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