Vulnerabilidade de pessoas privadas de Liberdade ao virus da imunodeficiência humana  

Autores

  • TELMA MARIA EVANGELISTA ARAÚJO TELMA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
  • SAMYA RAQUEL SOARES DIAS Raquel Sam Universidade Federal do Piauí, Piauí, Brasil.
  • Karinna Alves Amorim de Sousa Karinna SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PIAUÍ- BRASIL
  • ANDRÉIA ALVES DE SENA SILVA ANDREIA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE TERESINA, PIAUÍ, BRASIL

Palavras-chave:

Vulnerability, Human Immunodeficiency Virus, Prisons.

Resumo

Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana é um problema de saúde pública mundial. No contexto de vulnerabilidade, o sistema prisional favorece a transmissão de doenças infectocontagiosas.
Objetivo: Analisar a vulnerabilidade para a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, na população privada de liberdade em Teresina-Piauí.
Métodos: Estudo transversal desenvolvido por meio de inquérito epidemiológico envolvendo 950 detentos.
Resultados: A faixa etária predominante foi até 30 anos de idade (65,37 %). A expressiva maioria não frequentou a escola (91,68 %), 79,16 % referiram beber, 61,37 % declararam uso de alguma droga ilícita. Evidenciou-se que 66,21 % dos detentos têm tatuagem e 15,58 % tem piercing. Quanto às práticas sexuais, 90,84 % tem relações sexuais com o sexo oposto, apenas 27,26 % usam regularmente preservativo. A maioria dos detentos (75,26 %) possui algum conhecimento sobre o vírus. Verificou-se associação estatisticamente significativa no cruzamento do conhecimento com anos de estudo e renda familiar (p< 0,01), utilização de algum tipo de droga (p= 0,01), compartilhamento de material perfuro cortante (p< 0,01), uso de piercing (p= 0,01), parceria sexual (p< 0,01) e uso de camisinha (p< 0,01).
Conclusões: Os resultados deste estudo reiteraram que as pessoas privadas de liberdade compõem um grupo vulnerável à infecção pelo vírus e evidenciam a necessidade de ações públicas, incluindo estratégias, que contemplem a demanda de saúde dos internos do sistema prisional do Estado.

 

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Biografia do Autor

TELMA MARIA EVANGELISTA ARAÚJO TELMA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

Enfermeira. Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola de Enfermagem Anna Nery. Professora associada da Graduação em Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí – UFPI e da RENASF/UFPI/FIOCRUZ

SAMYA RAQUEL SOARES DIAS Raquel Sam, Universidade Federal do Piauí, Piauí, Brasil.

Enfermeira. Residente em Alta Complexidade no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí –UFPI pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde.

Karinna Alves Amorim de Sousa Karinna, SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PIAUÍ- BRASIL

Enfermeira. Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Coordenadora de Doenças Transmissíveis do Estado do Piauí.

ANDRÉIA ALVES DE SENA SILVA ANDREIA, FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE DE TERESINA, PIAUÍ, BRASIL

Enfermeira. Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Chefe de Núcleo de Monitoramento e informação das ações da Atenção Básica - Fundação Municipal de Saúde de Teresina

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Publicado

2019-02-26

Como Citar

1.
TELMA TMEA, Sam SRSDR, Karinna KAA de S, ANDREIA AADSS. Vulnerabilidade de pessoas privadas de Liberdade ao virus da imunodeficiência humana  . Rev. cuba. enferm. [Internet]. 26º de fevereiro de 2019 [citado 12º de março de 2025];34(4). Disponível em: https://revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/article/view/1571

Edição

Seção

ARTÍCULOS ORIGINALES