Risco ocupacional entre profissionais de enfermagem de setores críticos e adesão a precaução padrão

Authors

  • Odinéa Maria Amorim Batista Universidade Federal do Piauí.
  • Maria Eliete Batista Moura Universidade Federal do Piauí
  • Alvaro Francisco Lopes de Sousa Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
  • Denise de Andrade Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, USP.

Keywords:

riscos ocupacionais, precauções universais, equipe de enfermagem, representação social.

Abstract

Introdução: Os profissionais de Enfermagem estão potencialmente expostos a acidentes ocupacionais, principalmente em setores críticos do ambiente hospitalar, devendo incorporar as precauções padrão, para minimizar este risco. A adesão as precauções padrão é fortemente influenciada por fatores psicossociais, devendo esta relação ser elucidada.
Objetivo: Apreender as representações sociais de profissionais da enfermagem sobre o risco ocupacional, e analisar sua relação com a adesão as precauções padrão.
Métodos: Pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Os participantes da pesquisa foram 150 trabalhadores de Enfermagem de setores críticos da rede hospitalar de Teresina, Piauí, Brasil. Os dados foram coletados por meio da técnica de associação livre de palavras, e analisados pela análise fatorial de correspondência.
Resultados: O núcleo central das representações foi composto pelos vocábulos "cuidado", "habilidade técnica" e "normas". Registrou-se que, para profissionais de enfermagem com nível médio a representação do risco ocupacional esteve fortemente ligado á técnica, enquanto profissionais de nível superior forneceram á representação um enfoque mais biopsicológico. O domínio da técnica em procedimentos parece fornecer uma sensação de segurança que justifica a negligência no uso das medidas de precaução padrão.
Conclusões: Diferenças na forma de representar o risco ocupacional dentro de uma mesma categoria profissional configura-se em importante empecilho a adesão as medidas de precaução padrão. Essa diferença qualitativa possui potencial para influenciar, não somente nas taxas de adesão mas, na própria epidemiologia desses eventos e demonstra que não há, necessariamente, um senso comum dentro deste grupo profissional no que concerne a saúde ocupacional.

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Author Biographies

Odinéa Maria Amorim Batista, Universidade Federal do Piauí.

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí . Doutoranda em enfermagem pela UFPI; Especialização em: Enfermagem Médico Cirúrgica; Prevenção e Controle das Infecções Hospitalares; Docência Superior. Professora Assistente 1 da Universidade Federal do Piauí. Atua em pesquisa, ensino e extensão. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Prevenção e Controle das Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde; Enfermagem Fundamental e Médico- Cirúrgica, no adulto, atuando principalmente nos seguintes temas: Enfermagem Fundamental; Assistência ao paciente cirúrgico; Esterilização de materiais; Desinfecção de artigos e ambientes hospitalares; Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde; Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde; Infecção Hospitalar.

Maria Eliete Batista Moura, Universidade Federal do Piauí

Possui Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí - UFPI (1982), Especialização em Enfermagem Médico Cirúrgica pela Universidade Federal da Bahia - UFBA (1984), Especialização em Ativação de Processos de Mudança, pela Escola Nacional de Saúde Pública - ENSP (2006), Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (1997), Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2001) e Pós-Doutorado pela Universidade Aberta de Lisboa - Portugal (2006). Atualmente é Professora Associada IV do Programa de Pós-Graduação - Mestrado e Doutorado em Enfermagem da UFPI. É líder do Núcleo de Pesquisas em Prevenção e Controle de Infecção em Serviços de Saúde - NUPCISS da UFPI. Editora Chefe da Revista de Prevenção de Infecção e Saúde - REPIS, da UFPI. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase nas Linhas de Pesquisa: prevenção e controle de infecção em serviços de saúde e formação de recursos humanos na atenção à saúde da família, atuando principalmente nos seguintes temas: enfermagem, saúde da família, representações sociais, infecção em serviços de saúde e envelhecimento.

Alvaro Francisco Lopes de Sousa, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Enfermeiro pela Universidade Federal do Piauí. Atualmente é Doutorando em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - USP. Faz parte do Núcleo de Estudos de Prevenção e Controle de Infecções em Serviços de Saúde - NEPCISS-EERP-USP; e Núcleo de Pesquisa em Prevenção e Controle de Infecção em Serviços de Saúde (NUPCISS)-UFPI. Atua nas linhas de pesquisa; Doenças Infecciosas: problemática e estratégias de enfrentamento, com foco nas seguintes temáticas: Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde; Saúde e Segurança; Riscos ocupacionais e HIV/aids. É consultor ad hoc dos periódicos: Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, Revista Prevenção de Infecção e Saúde e International Journal of Tropical Disease & Health. Tem atuado na área de epidemiologia e controle de infecção, atuando principalmente nos temas: epidemiologia das infecções relacionadas a assistência a saúde (IRAS), Staphylococcus aureus em infecções relacionadas a assistência a saúde, Representações sociais aplicada a prevenção e controle das IRAS e prevenção e controle de IRAS.

Denise de Andrade, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, USP.

Doutora (1998) pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP e, Livre-docente em 2006 pela EERP/USP. É Professora Associado do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da EERP-USP e, atualmente Coordena o Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental da EERP/USP. Líder do Núcleo de Estudos de Prevenção e Controle de Infecção nos Serviços de Saúde (NEPECISS) cadastrado no CNPq desde 2001. Atua no ensino de graduação em enfermagem na área Fundamentos de Enfermagem. É parecerista Ad Hoc de Revistas nacionais e internacionais, e de agencias de fomento a pesquisa (CNPq e FAPESP). Atua nas Linhas de Pesquisa Doenças Infecciosas: problemática e estratégias de enfrentamento e Fundamentação teórica, metodológica e tecnológica do processo de cuidar em enfermagem. Atualmente, desenvolve parceria com Surgical Infection Research Group junto a School Of Advanced Medicine, Macquarie University, Sydney (Austrália)

Published

2017-10-13

How to Cite

1.
Amorim Batista OM, Batista Moura ME, Lopes de Sousa AF, de Andrade D. Risco ocupacional entre profissionais de enfermagem de setores críticos e adesão a precaução padrão. Rev. cuba. enferm. [Internet]. 2017 Oct. 13 [cited 2025 Feb. 7];33(3). Available from: https://revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/article/view/1169

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Original Investigation