Complicações locais da terapia intravenosa periférica e fatores associados em hospital brasileiro

Autores/as

  • Odinéa Maria Amorim Batista Universidade Federal do Piaui.
  • Rafael Fialho Moreira Universidade Federal do Piaui.
  • Alvaro Francisco Lopes de Sousa Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
  • Maria Eliete Batista Moura Universidade Federal do Piaui.
  • Denise de Andrade Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
  • Maria Zélia de Araújo Madeira Universidade Federal do Piaui.

Palabras clave:

Cateterismo periférico, Flebite, Fatores de risco, Enfermagem.

Resumen

Introdução: A Terapia Intravenosa (TIV) configura-se em importante procedimento terapêutico e diagnóstico, amplamente utilizada pela Enfermagem no cuidado hospitalar. Esse procedimento possui elevado risco do desenvolvimento de complicações, bem como a possibilidade de agravos secundários ligados as complicações derivadas da TIV.

Objetivo: Identificar a prevalência e os fatores associados às complicações locais da terapia intravenosa periférica em pacientes de um hospital público e de ensino.

Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de prevalência, com delineamento transversal associado a uma observação sistemática e busca em dados secundários disponíveis nos prontuário. Foi realizado em um hospital público de ensino, pesquisa e extensão,com 63 participantes. Os dados foram coletados e processados no software SPSS®, versão 19.0.

Resultados: A prevalência de flebite foi de 25,4%, infiltração de 15,9% e 11,1% de hematoma. A maioria encontrava-se em terapia no intervalo máximo de 48 horas. No momento da observação, os cateteres estavam em sua maioria conectados ao polifix (58;92,1%). Dentro os sinais e sintomas identificados a maioria (16;25,4%) apresentou edema, dor, desconforto e eritema ao redor da inserção do cateter venoso periférico.

Conclusão: A prevalência de complicações da terapia intravenosa foi elevada. A maioria encontrava-se em terapia no intervalo máximo de 48 horas, com utilização de cateter sob agulha conectados a polifix e puncionados no antebraço. 

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Biografía del autor/a

Odinéa Maria Amorim Batista, Universidade Federal do Piaui.

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí . Doutoranda em enfermagem pela UFPI; Especialização em: Enfermagem Médico Cirúrgica; Prevenção e Controle das Infecções Hospitalares; Docência Superior. Professora Assistente 1 da Universidade Federal do Piauí. Atua em pesquisa, ensino e extensão. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Prevenção e Controle d

Rafael Fialho Moreira, Universidade Federal do Piaui.

Enfermeiro pela UFPI

Alvaro Francisco Lopes de Sousa, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Enfermeiro pela Universidade Federal do Piauí. Atualmente é Doutorando em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - USP. Faz parte do Núcleo de Estudos de Prevenção e Controle de Infecções em Serviços de Saúde - NEPCISS-EERP-USP; e Núcleo de Pesquisa em Prevenção e Controle de Infecção em Serviços de Saúde (NUPCISS)-UFPI. Atua nas linhas de pesquisa; Doenças Infecciosas: problemática e estratégias de enfrentamento, com foco nas seguintes temáticas: Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde; Saúde e Segurança; Riscos ocupacionais e HIV/aids. É consultor ad hoc dos periódicos: Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, Revista Prevenção de Infecção e Saúde e International Journal of Tropical Disease & Health. Tem atuado na área de epidemiologia e controle de infecção, atuando principalmente nos temas: epidemiologia das infecções relacionadas a assistência a saúde (IRAS), Staphylococcus aureus em infecções relacionadas a assistência a saúde, Representações sociais aplicada a prevenção e controle das IRAS e prevenção e controle de IRAS.

Maria Eliete Batista Moura, Universidade Federal do Piaui.

Possui Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí - UFPI (1982), Especialização em Enfermagem Médico Cirúrgica pela Universidade Federal da Bahia - UFBA (1984), Especialização em Ativação de Processos de Mudança, pela Escola Nacional de Saúde Pública - ENSP (2006), Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (1997), Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ (2001) e Pós-Doutorado pela Universidade Aberta de Lisboa - Portugal (2006). Atualmente é Professora Associada IV do Programa de Pós-Graduação - Mestrado e Doutorado em Enfermagem da UFPI. É líder do Núcleo de Pesquisas em Prevenção e Controle de Infecção em Serviços de Saúde - NUPCISS da UFPI. Editora Chefe da Revista de Prevenção de Infecção e Saúde - REPIS, da UFPI. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase nas Linhas de Pesquisa: prevenção e controle de infecção em serviços de saúde e formação de recursos humanos na atenção à saúde da família, atuando principalmente nos seguintes temas: enfermagem, saúde da família, representações sociais, infecção em serviços de saúde e envelhecimento.

Denise de Andrade, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Mestre (1994), Doutor (1998) pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP e, obteve o título de Llivre-docente em 2006 pela EERP/USP. É Professor Associado do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da EERP-USP e, atualmente Coordena o Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental da EERP/USP. Líder do Núcleo de Estudos de Prevenção e Controle de Infecção nos Serviços de Saúde (NEPECISS) cadastrado no CNPq desde 2001. Atua no ensino de graduação em enfermagem na área Fundamentos de Enfermagem. É parecerista Ad Hoc de Revistas nacionais e internacionais, e de agencias de fomento a pesquisa (CNPq e FAPESP). Atua nas Linhas de Pesquisa ?Doenças Infecciosas: problemática e estratégias de enfrentamento? e ?Fundamentação teórica, metodológica e tecnológica do processo de cuidar em enfermagem?. Atualmente, desenvolve parceria com Surgical Infection Research Group junto a School Of Advanced Medicine, Macquarie University, Sydney (Austrália).


Maria Zélia de Araújo Madeira, Universidade Federal do Piaui.

Doutora em Ciências Médicas, área de concentração - Ciências biomédicas pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2014) e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Piauí (2006). Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí. Enfermeira, é professora da Universidade Federal do Piauí, do Departamento de Enfermagem e do Centro Universitário UNINOVAFAPI. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem Médico-Cirúrgica, atuando principalmente nos seguintes temas: cuidar paciente cirúrgico, urgência e emergência,sistematização perioperatória, esterilização de materiais, doenças tropicais e infecção hospitalar.

Citas

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Publicado

2018-12-28

Cómo citar

1.
Batista OMA, Moreira RF, de Sousa AFL, Moura MEB, Andrade D de, Madeira MZ de A. Complicações locais da terapia intravenosa periférica e fatores associados em hospital brasileiro. Rev. cuba. enferm. [Internet]. 28 de diciembre de 2018 [citado 11 de marzo de 2025];34(3). Disponible en: https://revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/article/view/1246

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ARTÍCULOS ORIGINALES