Cirurgia do lado errado: o que podemos fazer para evitar sua ocorrência?

Autores/as

  • Melina P.S. Araújo Universidade Federal de Minas Gerais
  • Allana Reis Corrêa Universidade Federal de Minas Gerais, MG, Brasil.
  • Camila Froes Souto
  • Écila Campos Mota INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS, MG, Brasil.
  • Adriana Cristina Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais, MG, Brasil.

Palabras clave:

Medical Errors, Patient Safety, Surgical Procedures, Operative

Resumen

Introdução: a assistência cirúrgica tem sido indispensável na atenção em saúde. Entretanto, as falhas nos procedimentos cirúrgicos podem causar danos irreversíveis aos pacientes. Os eventos de cirurgias em local/lado errado e paciente errado é uma das complicações mais frequentes e medidas preventivas podem evitá-los em sua totalidade. Objetivo: identificar estratégias para prevenir a ocorrência de cirurgia no local/lado errado nos serviços de assistência cirúrgica. Métodos: tratou-se de uma revisão integrativa da literatura junto às bases de dados Medline, Science Direct, Portal Capes, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Indice Bibliográfico Español de Ciencias de la Salud (IBECS) e Cochrane Library, entre 2003 a 2015. Resultados: Foram incluídos 14 artigos que apontaram como principais medidas para prevenção de cirurgia no local errado: o uso de checklist, a aplicação do protocolo universal para segurança do paciente da Organização Mundial da Saúde, a marcação do sítio a ser operado, a comunicação eficiente da equipe cirúrgica multiprofissional, além da participação do paciente, educação e sensibilização da equipe. Conclusão: a cirurgia do lado errado é um dano que pode ser evitado. Nesse sentido, ações que envolvam a equipe multiprofissional e o próprio paciente devem ser propostas constituindo uma prioridade nos serviços de saúde, visando a melhoria da segurança do paciente cirúrgico.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Melina P.S. Araújo, Universidade Federal de Minas Gerais

Enfermeira, Especialista em Controle e Prevenção de infecções

Camila Froes Souto

Enfermeira

Écila Campos Mota, INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS, MG, Brasil.

Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Adriana Cristina Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais, MG, Brasil.

Enfermeira, Doutora. Professor Associado da Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, MG, Brasil. 

Citas

Brasil. Anvisa. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: uma reflexão teórica aplicada ? prática/Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária- Brasília: Ministério da Saúde; 2013. p.113-128.

OMS. Organização Mundial da Saúde. Segundo desafio global para a segurança do paciente: cirurgias seguras salvam vidas. Geneva; 2009. 216p.

Seiden SC, Barach P. Wrong-Side/Wrong-Site, Wrong-Procedure, and Wrong-Patient Adverse Events: Are They Preventable?. Arch Surg. 2006; 141(9):931-9. doi:10.1001/archsurg.141.9.931.

DeVine J, Chutkan N, Daniel C, Dettori JR. Avoiding Wrong Site Surgery: A Systematic Review. Spine 2010; 35 (9s):S28-S36.

Senders JW. The egocentric surgeon or the roots of wrong side surgery. Qual Saf Health Care 2008; 17(6):396-400.

Equipe EaD. Manual Revisão Bibliográfica Sistemática Integrativa: a pesquisa baseada em evidências. Belo Horizonte. 2014. Disponível em: http://disciplinas.nucleoead.com.br/pdf/anima_tcc/gerais/manuais/manual_revisao.pdf

Cohen FL, Mendelsohn D; Bernstein M. Wrong-site craniotomy: analysis of 35 cases and systems for prevention: Clinical article. Journal of neurosurgery 2010, 113(3):461-73.

Collins SJ, Effectiveness of the Surgical Safety Checklist in Correcting Errors: A Literature Review Applying Reason’s Swiss Cheese Model. AORN J 100 (July 2014) 65-79.

Michaels RK, Makary MA, Dahab Y. Achieving the National Quality Forum’s “Never Events” Prevention of Wrong Site, Wrong Procedure, and Wrong Patient Operations. Ann Surg 2007;245: 526–32.

Panesar SS, Noble DJ, Mirza SB, Patel B, Mann B, Emerton M, et al. Can the surgical checklist reduce the risk of wrong site surgery in orthopaedics? Can the checklist help? Supporting evidence from analysis of a national patient incident reporting system. J Orthop Surg Res 2011, 6(1): 18.

Zohar E, Noga Y, Davidson E, Kantor M, Fredman B. Perioperative patient safety: correct patient, correct surgery, correct side—a multifaceted, cross-organizational, interventional study. Anesthesia & Analgesia 2007, 105(2):443-7.

Kwaan MR, Studdert DM, Zinner MJ, Gawande AA. Incidence, patterns, and prevention of wrong-site surgery. Arch Surg 2006; 141:353-8.

Miller KE, Mims M, Paull DE, Williams L, Neily J, Mills PD, et al. Wrong-Side Thoracentesis: Lessons Learned From Root Cause Analysis. JAMA surgery 2014, 149(8):774-9.

Stahel PF, Sabel AL, Victoroff MS, Varnell J, Lembitz A, Boyle DJ, et al. Wrong-site and wrong-patient procedures in the universal protocol era: analysis of a prospective database of physician self-reported occurrences. Archives of Surgery 2010, 145(10):978-84.

Alleemudder A, King P, Mehta S. Point of Technique: Reducing Wrong-side Errors for Endourology Procedures. Urology 2014, 84, (6):1541-3.

Knight N, Aucar J. Use of an anatomic marking form as an alternative to the Universal Protocol for Preventing Wrong Site, Wrong Procedure and Wrong Person Surgery. The American Journal of Surgery (2010) 200, 803–9.

Warren GJ, Roberts WW, Hollingsworth J, Wolf JS Jr, Faerber GJ. Prevention of wrong site surgery during upper tract endoscopy. Urology 2012, 79(2):475-7.

Giles SJ, Rhodes P, Clements G, Cook GA, Hayton R, Maxwell MJ, Experience of wrong site surgery and surgical marking practices among clinicians in the UK. Quality and Safety in Health Care 2006; 15(5):363-8.

Neily J, Mills P, Eldridge N, et al. Incorrect Surgical Procedures Within and Outside of the Operating Room. Arch Surg. 2009;144(11):1028-1034.

Makary MA, Arnab M, Bryan S, Dora S, Emmanuelle G, Emily H, et al. Operating room briefings and wrong-site surgery. Journal of the American College of Surgeons 2007, 204(2):236-43.

Vachhani JA, Klopfenstein JD. Incidence of neurosurgical wrong-site surgery before and after implementation of the universal protocol. Neurosurgery 2013, 72(4):590-5.

Groff MW, Heller JE, Potts EA, Mummaneni PV, Shaffrey CI, Smith JS. A Survey-Based Study of Wrong-Level Lumbar Spine Surgery: The Scope of the Problem and Current Practices in Place to Help Avoid These Errors. World Neurosurgery 2013, 79:585-89.

Raman, J. et al. When a checklist is not enough: How to improve them and what else is needed. J Thorac Cardiovasc Surg 2016, 152:585-92.

Santos, CMC, Pimenta CAM, Nobre MRC. A estratégia PICO para a construção da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2007;15(3):508-11.

Descargas

Publicado

2018-09-07

Cómo citar

1.
Araújo MP, Corrêa AR, Souto CF, Mota Écila C, Oliveira AC. Cirurgia do lado errado: o que podemos fazer para evitar sua ocorrência?. Rev. cuba. enferm. [Internet]. 7 de septiembre de 2018 [citado 6 de febrero de 2025];34(2). Disponible en: https://revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/article/view/1422

Número

Sección

Artículos de Revisión

Artículos más leídos del mismo autor/a