ARTCULO ORIGINAL
Epidemiologia da leishmaniose visceral em crianas no municpio de Montes Claros
Epidemiologa de la leishmaniasis visceral en nios en el condado de Montes Claros
Epidemiology of the visceral leishmaniasis in children in the city of Montes Claros
Patrick Leonardo Nogueira da Silva, Patrcia Fernandes do Prado, Ricardo Soares de Oliveira, Simone Guimares Teixeira Souto, Knia Prates Batista, Tereza Cristina Silva Bretas
Universidade Estadual de Montes Claros/UNIMONTES. Montes Claros, MG, Brasil.
RESUMO
Introduo:
a Leishmaniose Visceral uma doena infecciosa cujo agente etiolgico
um protozorio do gnero Leishmania. Trata-se de um grave problema
de sade pblica com prevalncia na regio nordeste do Brasil.
Objetivo:
identificar o perfil epidemiolgico dos casos de Leishmaniose Visceral em crianas
no municpio de Montes Claros, Minas Gerais.
Mtodos:
foi realizada uma investigao retrospectiva dos casos confirmados de Leishmaniose
Visceral, na faixa etria de 0 a 12 anos, notificados ao Sistema Nacional de
Agravos de Notificao (SINAN), no perodo de 2009 a 2011.
Resultados:
foram confirmados 37 casos de Leishmaniose Visceral em crianas, sendo a maioria
(94,59 %) procedente da zona urbana. Verificou-se que 51,36 % eram do sexo feminino
e a faixa etria entre 1 a 4 anos (54,05 %) foi a mais acometida pela doena.
Os principais sinais e sintomas apresentados pelos casos foram febre (100 %),
esplenomegalia (100 %), hepatomegalia (92 %) e palidez (92 %). No que se refere
evoluo dos casos, 35 crianas (94,59 %) tiveram cura e dois (5,41 %) evoluram
para bito.
Concluso:
os resultados contribuem para o conhecimento das caractersticas da Leishmaniose
Visceral na populao infantil de Montes Claros, caracterizado como rea endmica
da doena.
Palavras chave: criana; epidemiologia; leishmaniose visceral; sade coletiva.
RESUMEN
Introduccin:
la leishmaniasis visceral es una enfermedad infecciosa cuyo agente etiolgico
es un protozoario del gnero Leishmania. Este es un problema grave de salud
pblica con una prevalencia del noreste de Brasil.
Objetivo:
identificar el perfil epidemiolgico de los casos de Leishmaniasis Visceral
en nios en lo condado de Montes Claros, Minas Gerais.
Mtodos:
fue realizada una investigacin retrospectiva de los casos confirmados de leishmaniasis
visceral, en el grupo de edad de 0 a 12 aos, notificados al Sistema Nacional
de Agravios y Notificacin (SINAN), en el perodo de 2009-2011.
Resultados:
fueran confirmados 37 casos de leishmaniasis visceral en nios, siendo la mayora
(94,59 %) procedente del campo. Se verific que 51,36 % eran del sexo femenino
y el grupo de edad entre 1 a 4 aos (54,05 %) fue la ms acometida por esa enfermedad.
Los principales signos y sntomas presentados pelos casos fueran fiebre (100
%), esplenomegalia (100 %), hepatomegalia (92 %) y palidez (92 %). En el que
se refiere a la evolucin de los casos, 35 nios (94,59 %) tuvieron cura y dos
(5,41 %) evaluaran para muerte.
Conclusin:
los resultados contribuyen al conocimiento de las caractersticas de la leishmaniasis
visceral en la populacin infantil de Montes Claros, caracterizado como rea
endmica de la enfermedad.
Palabras clave: crianza; epidemiologa; leishmaniose visceral; salud colectiva.
ABSTRACT
Introduction:
The visceral leishmaniasis is an infectious disease whose etiologic agent is
a protozoan of the genus Leishmania. This is a serious public health problem
with a prevalence of northeastern Brazil.
Objective:
To identify the epidemiological profile of Visceral leishmaniasis cases in children
in Montes Claros, Minas Gerais.
Methods:
We realized a retrospective study of confirmed cases of visceral leishmaniasis
in children aged 0 to 12 years, reported to Information System Diseases and
Notifications in the period from 2009 to 2011.
Results:
Were confirmed 37 cases of visceral leishmaniasis in children, which 51.36 %
were female and children aged 1 to 4 years (54.05 %) were the most affected
by the disease. It was found that the majority (94.59 %) of these children lived
in urban areas. The main signs and symptoms shown in the cases were fever (100
%), splenomegaly (100 %), hepatomegaly (92 %) and pallor (92 %). Regarding cases'
evolution, 35 children (94.59 %) had cure and two (5.41 %) died.
Conclusion:
The results contribute to the knowledge of the visceral leishmaniasi's characteristics
in the child population of Montes Claros, characterized as endemic area of this
disease.
Keywords: Child; epidemiology; visceral leishmaniasis; collective health.
INTRODUO
A Leishmaniose Visceral (LV), conhecida popularmente como calazar, uma doena infecciosa cujo agente etiolgico um protozorio do gnero Leishmania. Nas Amricas, Leishmania (Leishmania) chagasi a espcie responsvel pelas formas clnicas desta doena. Amplamente distribuda no mundo, ocorrendo em 88 pases das regies tropicais e subtropicais da sia, Oriente Mdio, frica, Amrica Central e Amrica do Sul, a LV faz parte das doenas consideradas negligenciadas, atingindo principalmente as populaes mais empobrecidas dos pases menos desenvolvidos, com incidncia anual global de 500 mil novos casos e 50 mil mortes.1
A LV se encontra em franca expanso geogrfica no Brasil, atingindo as cinco regies brasileiras, e a regio Nordeste vem representando a maioria dos casos notificados, seguida pela regio Norte, Sudeste, Centro-Oeste e a Sul.2 No perodo de 2001 a 2010 foram registrados 33.315 casos de LV no pas, com uma mdia de 3.332 casos por ano. No mesmo perodo ocorreram 2.287 bitos, com letalidade de 6,9 %, sendo que a maior letalidade do perodo foi registrada no ano de 2003 (8,5 %).3
A doena primariamente uma zoonose, por ocorrer naturalmente entre animais. Porm, pode acometer de maneira acidental o homem, quando este entra em contato com o ciclo de transmisso do parasito, transformando-se ento em uma antropozoonose.4 uma enfermidade sistmica que, se no tratada, pode evoluir para bito em mais de 90 % dos casos, sendo considerada pela OMS como uma das prioridades dentre as enfermidades tropicais.5
No pas, os vetores transmissores so insetos denominados flebotomneos, sendo que a principal espcie responsvel pela transmisso da doena no Brasil a Lutzomyia longipalpis.2
Em regio rural e de mata, os roedores e raposas so os principais reservatrios do protozorio e fonte de infeco para os vetores. O co apontado como o principal reservatrio domstico da LV nas regies periurbanas e urbanas devido sua convivncia estreita com o homem, elevada ocorrncia de infeces inaparentes e ao intenso parasitismo cutneo. Independente da forma clnica da doena no co, ele tem se mostrado infectivo para o vetor.6 A enzootia canina tem precedido a ocorrncia de casos humanos e a infeco em ces tem sido mais prevalente do que no homem.2
No Brasil, at a dcada de 1980, a LV foi considerada uma enfermidade de transmisso silvestre, com caractersticas de ambientes rurais. Atualmente, alm da preocupao com as reas antes livres da doena e com a reemergncia dos velhos focos endmicos, a ateno em relao sua ocorrncia recai sobre as mudanas no seu padro de transmisso, cuja expanso tem atingido cidades de mdio e grande porte.7
As estratgias de controle da LV no pas, preconizadas pelo Programa de Controle da Leishmaniose Visceral (PCLV), esto centradas no diagnstico precoce e tratamento adequado dos casos humanos, vigilncia e monitoramento canino com eutansia de ces com diagnstico sorolgico ou parasitolgico positivos, vigilncia entomolgica, saneamento ambiental e controle qumico com inseticida de efeito residual e medidas preventivas direcionadas ao homem, ao vetor e ao co.4
Conforme o Ministrio da Sade (MS), a LV em rea urbana tem sido um desafio para os gestores de sade, principalmente pelo nmero de pessoas expostas ao risco de se infectar, adoecer e morrer, como tambm pelas dificuldades operacionais em abranger toda extenso da rea de transmisso e, consequentemente, o alto custo que as aes de controle acarretam.2
Considerando que a cidade de Montes Claros, Minas Gerais, uma regio que apresenta intensa transmisso de LV em que as principais vtimas so as crianas, torna-se importante o conhecimento sobre epidemiologia da doena na populao infantil do municpio.8
Neste contexto, este estudo teve como objetivo identificar o perfil epidemiolgico dos casos de LV em crianas residentes em Montes Claros, no perodo de 2009 a 2011.
MTODOS
Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizada por meio de uma investigao retrospectiva dos casos confirmados de LV em crianas, no municpio de Montes Claros, MG, no perodo de janeiro de 2009 a dezembro de 2011.
A populao estudada foi composta por 37 casos confirmados de LV na faixa etria de 0 a 12 anos. Segundo o MS, so casos da doena os pacientes notificados como suspeitos por apresentarem febre e esplenomegalia, associado ou no hepatomegalia e confirmados atravs de critrio laboratorial ou clnico-epidemiolgico.
O diagnstico laboratorial realizado atravs da coleta de sangue para exames sorolgicos (imunofluorescncia indireta/RIFI ou enzyme linked immmunosorbent assay/ELISA), ou atravs da intradermorreao de Montenegro reativa. O aspirado de medula ssea e do bao geralmente mostra presena do parasita. A RIFI e os ensaios imunoenzimticos so os mais utilizados no Brasil, sendo positivas diluies a partir de 1:80. Na presena de dados clnicos e laboratoriais, um teste sorolgico reagente, refora o diagnstico de LV. A intradermorreao de Montenegro torna-se positiva apenas aps a cura clnica na maioria dos pacientes em um perodo de seis meses a trs anos aps o trmino do tratamento.4
Foram coletadas no Sistema Nacional de Agravos de Notificao (SINAN) as seguintes variveis constantes na ficha de notificao compulsria da LV: tipo de entrada, sexo, idade, zona de residncia, sinais e sintomas e evoluo dos casos.
Foi utilizada estatstica descritiva (frequncia simples), com auxlio dos softwares Excel (verso Windows Vista) e Epi-Info (verso 3.5.1).
Os dados do estudo foram disponibilizados pelo Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Sade de Montes Claros. Parecer de comit de tica em pesquisa no foi recomendado em razo de o estudo utilizar dados secundrios, apresentando os resultados de forma agregada, garantindo o sigilo das informaes individuais.
RESULTADOS
Segundo dados do SINAN, foram confirmados 67 casos de LV em humanos no municpio de Montes Claros, durante o perodo de 2009 a 2011. O nmero de crianas correspondeu a 37 (55,22 %) desse total, sendo 36 (97,29 %) casos novos e 01 (2,71 %) recidiva, conforme mostra a tabela 1.
Das crianas acometidas pela doena, 35 (94,59 %) eram originrias da zona urbana e duas (5,41 %) da zona rural, reforando que Montes Claros, a exemplo de outras localidades brasileiras, um dos municpios onde a LV passou a ser uma endemia urbana.
Verificou-se maior frequncia de notificaes no sexo feminino (51,36 %) e a faixa etria entre 1 a 4 anos (54,05 %) foi a mais acometida pela doena. Dentre os sinais e sintomas clnicos apresentados pelas crianas, os mais frequentes foram aumento do bao (100 %), febre (100 %), hepatomegalia (92 %) e palidez cutnea (92 %). Os casos estudados manifestaram ainda, quadro infeccioso, emagrecimento, fraqueza, tosse e diarreia, edema, ictercia e fenmenos hemorrgicos (Figura 1).
No que se referem evoluo dos casos, 35 crianas (94,59 %) tiveram cura e duas (5,41 %) evoluram para bito.
Fonte: Sistema de Informao de Agravos e Notificaes/SINAN. Setor de Vigilncia Epidemiolgica/VE. Secretaria Municipal de Sade de Montes Claros/SMS-Moc. 2012.
DISCUSSO
considerada recidiva quando houver recrudescimento da sintomatologia, em at 12 meses aps trmino do tratamento.9 Uma possvel explicao para este fato pode estar relacionada ineficcia do tratamento, diminuio da capacidade de resposta do sistema imunolgico da pessoa doente, alm da presena de comorbidades associadas a LV.10
Montes Claros vivenciou, em passado recente, uma grave epidemia de LV, quando foram registrados 157 casos humanos no perodo de 2002 a 2004, caracterizando o municpio como rea de transmisso intensa com mdia anual de 52,3 casos.11 Em 2005, foi elaborado o primeiro projeto de intensificao das aes de controle da LV na cidade, com o intuito de viabilizar as aes preconizadas pelo MS. Porm, apesar de todos os esforos para a implantao da metodologia recomendada, o controle desta endemia tem sido um desafio permanente vigilncia em sade local, visto que a doena continua apresentando elevada incidncia no municpio. No perodo de 2007 a 2009, foram notificados 95 casos da doena na cidade, sendo que o grupo etrio entre zero e nove anos foi o mais acometido, representando 48,4 % dos casos registrados.8
Diversos fatores podem ter contribudo para a disseminao da doena em Montes Claros. Clima e topografia favorveis proliferao do vetor, a alta taxa de prevalncia canina, alm da existncia de muitas habitaes extremamente pobres, com deficincia de saneamento bsico, e algumas reas com acmulo de matria orgnica so fatores favorveis para a ocorrncia da LV na cidade.12
Avaliaram-se as atividades desenvolvidas pelo Programa de Controle da Leishmaniose Visceral em Montes Claros, no perodo de 2007 a 2009, e verificaram que as medidas foram direcionadas para o controle do reservatrio canino, controle do vetor, visitas de manejo ambiental e a atividades educativas em sade.8 Entretanto, os autores observaram inmeras dificuldades para a implementao das medidas, tendo em vista que os recursos humanos, materiais e financeiros no so suficientes para a execuo das atividades de forma integrada e que possam atingir toda a rea de risco de transmisso da doena da cidade.
A caracterstica de preferncia da LV pela populao infantil j foi mostrado em vrios estudos10,13-18 e estimada em outra pesquisa, na qual, as crianas menores de 10 anos apresentaram o risco de contrair LV em 109,77 vezes ao serem comparadas com indivduos acima desta idade. 19 Para os autores, a susceptibilidade desta faixa etria se deve, possivelmente, ao contato mais frequente das crianas com animais, em comparao com adultos, alm disso, os escolares contam com as maiores taxas de carncia nutricional e tm seu estado imunolgico ainda em formao.
Foi observado tambm frequncias mais elevadas em crianas menores de 5 anos.20,17-18 Em Belo Horizonte14, no Mato Grosso 21 e no Mato Grosso do Sul15, as maiores incidncias da LV foram em crianas menores de 1 ano. Destaca-se, neste estudo, a concentrao de casos nessa faixa etria que, epidemiologicamente, sugere a proximidade precoce do ser humano com o vetor da doena em nosso meio, corroborando o estudo realizado em Montes Claros (MG), na qual, consistiu em um levantamento entomolgico no municpio, de forma a observar que L. longipalpis foi a espcie predominante, tanto no intradomiclio como no peridomiclio, reforando a adaptabilidade do vetor a ambientes domsticos.12
Em relao ao gnero, constatou-se neste trabalho que a LV acometeu, discretamente, mais o sexo feminino de forma a similarizar com outro trabalho encontrado.20 Outros achados de literatura evidenciaram uma maior incidncia da LV na populao masculina.10,15,17-19 Esta diferena entre gneros no se d em funo de maior susceptibilidade, mas provavelmente em funo de maior exposio aos vetores flebotomneos, permanecendo sem explicao cientfica.16
As manifestaes clnicas apresentadas pelas crianas estudadas esto em consonncia com os achados encontrados na literatura.14,17,20,22 Segundo o MS, as complicaes mais frequentes da LV so de natureza infecciosa bacteriana, destacando-se: otite mdia aguda, piodermites, infeces dos tratos urinrio e respiratrio. As hemorragias so geralmente secundrias plaquetopenia, sendo a epistaxe e a gengivorragia as mais comumente encontradas.4
Ao descrever as caractersticas clnicas, epidemiolgicas e evolutivas das crianas hospitalizadas por LV em centro de referncia de Belo Horizonte, afirma-se que os fatores edema, sangramento ou ictercia admisso foram associados maior letalidade da LV.14
A identificao precoce das caractersticas clnicas no primeiro atendimento ao paciente de fundamental importncia para se reduzir a mortalidade por meio da instituio de medidas teraputicas e profilticas eficazes. Os autores ressaltam a necessidade de profissionais capacitados para o reconhecimento precoce da doena, bem como, o monitoramento clnico e laboratorial dos pacientes durante o tratamento da LV, a fim de identificar precocemente possveis complicaes.22
O desfecho mais comum das crianas acometidas pela doena nesta pesquisa foi a evoluo para a cura (94,6 %). Duas crianas evoluram para o bito, sendo um caso em 2009 e outro em 2011. Em Campo Grande (MS), a letalidade em crianas variou de 1 % a 3 %, na faixa etria de zero a nove anos15. Em outros estudos realizados em Belo Horizonte (MG) 14 e em Montes Claros (MG)20 a frequncia desse desfecho foi de 3,6 % e 3,9 %, respectivamente.
Conforme o MS, nos ltimos dez anos, apesar dos recursos de tratamento intensivo e das rotinas estabelecidas para o tratamento especfico da LV, constatou-se aumento na letalidade da doena em diversas regies do pas, sendo que nos anos de 2001 a 2008, a letalidade atingiu, principalmente, os pacientes com faixa etria menor de 1 ano. Um dos principais fatores que contribuem para o aumento dessa letalidade o diagnstico tardio, portanto a identificao precoce dos pacientes que podero evoluir com gravidade de fundamental importncia para reduzir a letalidade por meio da instituio de medidas profilticas e teraputicas oportunas.9
CONCLUSO
Este estudo foi baseado em um banco de dados secundrios que alimentado por notificao de casos confirmados. As informaes coletadas foram teis para se conhecer melhor as caractersticas da LV na populao infantil de Montes Claros, que parece enfrentar um processo de endemizao urbana da doena, constituindo-se em um desafio da sade pblica local.
Portanto, quanto menor a faixa etria, mais vulnervel o indivduo em se tratando da formao do sistema imune da criana. O perodo de maior fragilidade e susceptibilidade quanto formao de anticorpos no primeiro ano de vida da criana. O mosquito transmissor da LV reside em habitat especfico na natureza. Quando este destrudo, o vetor migra para as reas adjacentes com o clima e as condies favorveis para o seu desenvolvimento atingindo as zonas urbanas, bem como a populao alvo. Estes pressupostos convergem com os dados observados neste estudo.
H que se produzir ainda mais conhecimento sobre o papel das diversas variveis que compem o cenrio para a produo e manuteno da doena na cidade. Espera-se que essa pesquisa possa fornecer subsdios aos profissionais de sade, visando ao reconhecimento precoce da doena e a reduo da mortalidade por este agravo.
Conflitos de interesse
Os autores declaram no haver conflito de interesse.
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Aprobado: 2015-05-24.
Recibido: 2016-08-04.
Patrick Leonardo Nogueira da Silva. Universidade Estadual de Montes Claros/UNIMONTES. Montes Claros, MG, Brasil. Direccin electrnica: nogueira_patrick@yahoo.com.br
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