Avaliação de um curso de capacitação: implicações para a prática

Introdução: cursos de capacitação na área da saúde proporcionam atualização técnico-científica, construção do trabalho em equipe e comunicação entre profissionais. Porém muitos cursos não são eficazes, devido à utilização de metodologias de transmissão de conhecimentos.

Objetivo: identificar os efeitos de uma ação educativa no trabalho após 120 dias.

Métodos: estudo qualitativo, que utilizou como estratégia metodológica a pesquisa-ação. Foi desenvolvido com 86 profissionais da Atenção Primária à Saúde do município de Uberaba que participaram de uma capacitação sobre a temática grupos de educação em saúde com idosos. Os dados foram coletados entre os meses de outubro de 2014 e janeiro de 2015 por meio de um questionário semi-estruturado e analisados pelo método do Discurso do Sujeito Coletivo.

Resultados: entre os participantes houve predominância de mulheres (89,5 %), faixa etária entre 37 a 50 anos (54,6 %), a maioria enfermeiros (29,1 %). Quase a totalidade (95,3 %) dos participantes referiu estar envolvida em algum grupo de educação em saúde, como colaborador (54,9 %) ou coordenador (45,1 %). Após 120 dias da capacitação observou-se nos discursos uma releitura dos grupos e diversificação nos recursos utilizados, realização dos grupos com mais conhecimento e segurança, bem como o aumento do respeito ao idoso.

Conclusão: a educação permanente realizada de forma dialógica e participativa, considerando o contexto de trabalho dos profissionais, abre caminhos para a construção de uma atenção diferenciada aos idosos, pautada no respeito a essas pessoas e na confiança de que um trabalho educativo focado na promoção da saúde é possível de ser realizado.

Francielle Toniolo Nicodemos Furtado de Mendonça, Álvaro da Silva Santos, Ana Luisa Zanardo Buso, Bruna Stephanie Sousa Malaquias
 
Episódios de cuidado a mulheres com transtornos mentais na Atenção Básica

Introdução: a reforma psiquiátrica reafirma a importância da articulação entre atenção básica e atenção especializada a fim de garantir melhoria do cuidado. O cuidado integral em saúde mental pressupõe atenção integral à saúde capaz de promover melhoria da qualidade de vida.

Objetivo: conhecer os episódios de cuidado a mulheres com transtornos mentais atendidas em uma Estratégia da Saúde da Família no município de Minas Gerais (Brasil).

Métodos: pesquisa de natureza qualitativa, do tipo documental. A coleta de dados ocorreu por meio da análise documental dos prontuários. O referencial teórico utilizado para análise e discussão foi a Classificação Internacional da Atenção Primária sob a ótica do cuidado compartilhado.

Resultados: verificou-se que a ansiedade generalizada foi atribuída a mais da metade das mulheres; em relação às queixas/sinais e sintomas psicológicos, a sensação de ansiedade/nervosismo/tensão foi o mais encontrado; a morbidade clínica mais comum foi a Hipertensão Arterial Sistêmica; as ações voltadas à saúde da mulher foram escassas.

Conclusões: há necessidade da implantação do apoio matricial na rede de atenção a fim de garantir uma assistência holística e de melhor qualidade às mulheres com transtorno mental.

Palavras chave: saúde mental; cuidado em saúde; saúde da família; classificação internacional da atenção primária.

Michele Cecília Silva Torrézio, Nadja Cristiane Lappann Botti
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Qualidade de vida de diabéticos acompanhados pela Estratégia Saúde da Família

Introdução: O Diabetes mellitus é visto como um dos principais transtornos crônicos que acomete a população, sendo necessária a avaliação da qualidade de vida para a formulação de estratégias de cuidado específicas e que sejam efetivas e capazes de minimizar ou prevenir o seu comprometimento.

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de diabéticos acompanhados pela Estratégia Saúde da Família.

Métodos: Estudo transversal realizado com 82 diabéticos em uma Unidade Básica de Saúde. Foram utilizados questionários contendo variáveis sociodemográficas e clínicas e Problem Areas in Diabetes (PAID) para mensurar a qualidade de vida (QV).

Resultados: A maioria são mulheres, idosas, casadas, com ensino fundamental completo, pardas, aposentadas, com casa própria e renda familiar de até um salário mínimo. Nas variáveis clínicas prevaleceu diabéticos tipo 2, não fumantes, que utilizam os antidiabéticos orais como forma de tratamento, sedentários, não etilistas, que apresentam duas comorbidades associadas ao diabetes e possuem entre seis a dez anos de diagnóstico. Constatou- se que a maior parte dos diabéticos possui baixo sofrimento emocional, e aqueles que sofrem impacto negativo na QV apresentam como domínio mais acometido o fator emocional. Dentre as condições sociodemográficas e clínicas associadas à baixa QV, destaca- se a idade, tipo de moradia, tipo de diabetes e tempo de diagnóstico da doença.

Conclusão: É necessário avaliar o impacto do diabetes na QV, assim, possibilitará o planejamento de ações específicas voltadas a esses grupos de modo a promover melhor adesão a práticas que influenciem positivamente na qualidade de vida.
Jaciane Santos Marques, Socorro Adriana de Sousa Meneses Brandão, Andréa Conceição Gomes Lima, Aline Costa de Oliveira, Marilyse de Oliveira Meneses, Aline Tavares Gomes, Samira Rêgo Martins de Deus Leal
 
Rafael Marcelo Soder, José Luís Guedes dos Santos, Luana Escobar Dos Santos, Isabel Cristine Oliveira, Luiz Anildo Anacleto da Silva, Caroline Cechinel Peiter
 
Atenção à saúde do homem: análise da sua resistência na procura dos serviços de saúde

Introdução: a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem foi criada para direcionar as ações de saúde e reduzir os altos índices de morbimortalidade masculina. Traz a reflexão sobre masculinidade e concepções de gênero.
Objetivos:
identificar as causas que levam os homens a desenvolverem resistência no cuidado da sua saúde, e saber se as concepções de gênero trazem obstáculos à procura aos serviços de saúde.
Métodos: foi uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, realizada com moradores cadastrados na área de uma unidade básica de saúde do município de Guanambi, Bahia. Foram entrevistados 25 homens de 20 a 89 anos, com o uso de formulário semiestruturado.
Resultados: os homens são resistentes no cuidado da sua saúde devido a sentimentos de medo, vergonha, e por causas comportamentais como a impaciência, o descuido, prioridades de vida, e ainda com as questões relacionadas com a forma de organização dos serviços de saúde. Observou-se que os fatores ligados ao gênero exercem forte influência, muitas vezes até como obstáculo.
Conclusões:
constatou-se a necessidade que a Política de Saúde do homem seja repensada e melhor trabalhada quanto aos determinantes que envolvem o processo saúde doença desse público e que os profissionais entendam as suas singularidades. Esta pesquisa forneceu subsídios para que outras discussões sejam feitas com o intuito de proporcionar meios para a compreensão e adoção de estratégias que visem a implementação efetiva desta Política.

Danilo Boa Sorte Teixeira
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Saúde mental no trabalho do Enfermeiro da Atenção Primária de um município no Brasil

Introdução: de todos os males vividos pelo homem, a loucura, a doença mental e o sofrimento psíquico e emocional parecem atingir indistintamente pessoas de qualquer nacionalidade, raça, classe social e religião. Contudo, sabe-se que os mais pobres são os que mais padecem pela falta de atenção e cuidado.
Objetivou: compreender como se desenvolve a preparação e qual o conhecimento que os enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família de Montes Claros - Minas Gerais apresentam sobre Saúde Mental para atendimento a pacientes com transtornos psíquicos.
Métodos: pesquisa qualitativa e exploratória, realizada com oito enfermeiros que atuavam na Atenção Primária à Saúde do meio urbano de Montes Claros. Os dados foram coletados no segundo semestre de 2011, por meio de entrevistas, que foram gravadas e, em seguida, transcritas. Para análise dos dados, foi utilizada a técnica de análise do conteúdo.
Resultados: os entrevistados relataram que se sentiam preparados para lidar com seus pacientes e que conheciam os principais transtornos, mas poucos foram capazes de detalhar esse conhecimento. As capacitações e curso de residência foram citados como preparação, mas a insegurança e tempo disposto para lidar com esses pacientes foram impasses para um bom cuidado.
Conclusões: é preciso maior preparação dos enfermeiros na área de saúde mental, a fim de proporcionar atendimento resolutivo aos pacientes que demandas tais cuidados.

Bianca Pereira Coelho, Ana Paula Maia da Silva, Luís Paulo Souza e Souza, Kenya Marielle Almeida e Silva, Edilaine Pereira da Silva, Ilka Santos Pinto, Rafael Messias de Oliveira, Carla Silvana Oliveira e Silva
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Marclineide Nóbrega de Andrade Ramalho, Thaís de Andrade Beltrão, Mariana Boulitreau Siqueira Campos Barros, Fernanda Maria Chianca da Silva, Simone Helena dos Santos Oliveira
 
Assistência de enfermagem às mulheres em situação de violência na Atenção Primária à SaúdeIntrodução: A violência contra a mulher é um problema de saúde pública e consiste em qualquer ato que resulte em dano físico, sexual ou psicológico.Objetivo: Analisar as evidências científicas nacionais e internacionais sobre a assistência de enfermagem à mulher em situação de violência na Atenção Básica à Saúde.Métodos: Revisão integrativa da literatura, realizada de maio a outubro de 2018, em seis etapas, quais sejam, delimitação do tema e questão norteadora, busca bibliográfica, definição das informações, avaliação dos estudos, interpretação dos resultados e síntese do conhecimento, por meio busca de artigos nas bases de dados Lilacs, BDENF e Medline; e na biblioteca digital SciELO. Foram encontrados 48 artigos, filtrados os critérios de inclusão, texto completo disponível, nos idiomas português, inglês ou espanhol, restando sete estudos. Os dados foram processados no software IRAMUTEC e analisados por meio de classificação hierárquica descendente, com base no dendrograma. Foram apresentados em 5 turmas, a saber: 1- Atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica. 2- Dificuldade dos profissionais em identificar e intervir nos casos de Violência contra a Mulher. 3- Dispositivos para atendimento integral à mulher em situação de violência. 4- O medo como fator de perpetuação da violência contra a mulher. 5- Atendimento multiprofissional às vítimas de violência doméstica.Conclusão: O enfermeiro tem papel fundamental na identificação e intervenção nos casos de violência contra a mulher, por meio de uma assistência integral, humanizada e de qualidade

 

Hiugo Santos do Vale, Mariana Rodrigues da Rocha, Hayla Nunes da Conceição
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LARISSA OLIVEIRA ROCHA VILEFORT
 
Avaliação do diagnóstico de enfermagem amamentação ineficaz em puérperas

RESUMO

Introdução: O Puerpério é uma fase na qual ocorrem manifestações involutivas, locais ou sistêmicas, ao estado pré-gravídico. Nesse período ocorre o processo da amamentação. Porém, a amamentação pode ser ineficaz quando ocorre a insatisfação ou dificuldade que a mãe, bebê ou criança tem nesse processo.

Objetivo: Identificar o diagnóstico de enfermagem “Amamentação ineficaz” em puérperas cadastradas e acompanhadas em Unidade Básica de Saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, realizado no período de janeiro a abril de 2016. A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista estruturada com questões sobre a presença ou ausência de Fatores Relacionados (FR) e Características Definidoras (CD) do diagnóstico em estudo. Os dados foram analisados quantitativamente e foi aplicado o teste exato de Fisher para verificar a associação entre as variáveis.

Resultados: O diagnóstico esteve presente em 40% das puérperas, onde, 22 (73,3%) estavam no puerpério tardio, oito (26,6%) no imediato e nenhuma no remoto. Entre os 13 FR do diagnóstico Amamentação ineficaz, quatro apresentaram significância com o diagnóstico. E entre as 16 CD relacionadas ao diagnóstico, três apresentaram significância estatística.

Conclusões: Os indicadores clínicos mais significantes permitem ao enfermeiro a identificação do diagnóstico de forma mais acurada, com a finalidade de promover estratégias para a realização de um aleitamento materno de maneira eficaz.

 

Evelyn Pacífico A. de Melo Morais, Suzana de Oliveira Mangueira, Jaqueline Galdino Albuquerque Perrelli, Bruno Henrique Ximenes Rodrigues, Ryanne Carolynne Marques Gomes
 
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